domingo

Eu não sou de ninguém

marcin klysewicz
Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser

Há-de ser luz do Sol em tardes quentes;
Nos olhos de água clara há-de trazer
as fúlgidas pupilas dos videntes!
Há-de ser seiva no botão repleto,
voz no murmúrio do pequeno insecto,
vento que enfurna as velas sobre os mastros!...
Há-de ser Outro e Outro num momento!
Força viva, brutal, em movimento,
Astro arrastando catapultas de astros!
  (Florbela Espanca)
 

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